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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Poesias para a criançada

Utilizar diferentes genêros literários com as crianças desde pequenas, contribui para que elas sejam curiosas, questionadoras, comunicativas e fundamentalmente possiveis leitoras e escritoras.
algumas sugestões de poesias:


BRINCANDO DE NÃO-ME-OLHE


Não me olhe de lado
Que eu não sou melado

Não me olhe de banda
Que eu não sou quitanda

Não me olhe de frente
Que eu não sou parente

Não me olhe detrás
Que eu não sou satanás

Não me olhe de meio
Que eu não sou recheio

Não me olhe na janela
Que eu não sou panela

Não me olhe da porta
Que eu não sou torta

Não me olhe do portão
Que eu não sou ladrão

Não me olhe no olho
Que eu não sou caolho

Não me olhe na mão
Que eu não sou mamão

Não me olhe no joelho
Que eu não sou espelho

Não me olhe no pé
Que eu não sou...

Não me olhe de baixo
Que eu não sou riacho

Não me olhe de cima
Que acabou a rima.


Elias, José. Namorinho de Portão. São Paulo: Moderna, 2009. Coleção Girassol. 2ª ed.





          Primeiras letras

Como um lápis apontadinho
Desenho palavras no caderno.
Elas dão nomes às coisas
Que pareciam não ter dono,
Mas eram de todo mundo.

Lua, estrelas, sol, chuva
Arco-íris, peixes, pássaros,
Flores, frutos, casa, cavalo, caminho.
Escritas as palavras parecem
Ser todas só minhas.
                             Elias José




O plic...plic... da chuva

Plic...plic...plic...
Ouvem-se os pingos lá fora.
Começou por uma neblina
A chuva que cai agora.

Molha as plantas do jardim.
E a bicharada foge depressa.
- Ai meu Deus, que aflição!
Quem sabe não chove na floresta?

A cigarra voa ligeiro
E se esconde atrás da placa
A formiga toda faceira
Entra num buraco na mata.

O grilo todo animado
Da glória a Deus pela chuva
 E o sapo desengonçado
Cai lá no brejo estatelado.

                Graça Batituci



 Sorriso

Eu vi:
uma chuva de estrelas,
caindo no mar...

Eu vi:
uma chuva de cores,
bailando no ar...

Eu vi:
um manto de flores,
cobrindo o jardim...

Eu vi:
um lindo coelhinho
olhando
para mim...





                                                                                                    

A abelhinha distraída



Gisela, a distraída,
era uma abelha vaidosa
que se esquecia de tudo
de tanto dar voltas.

E no jardim da esquina
um belo dia se esqueceu
o pólen dos jasmins
sobre um lindo gerânio.

Também o das palmas
e dos cravos
os deixou nas tulipas,
nas rosas e nos lírios.

Na outra primavera
com a mistura que fez
um gerânio misturado
nasceu sobre um “palírio”

O mais lindo e surpreendente
dessa bela primavera,
foi o jasmim colorido,
da abelha Gisela.




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